segunda-feira, 25 de abril de 2011

Eu, Você e Nós.

  Por: Ricardo José Alves - Estudante de Letras da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

A chuva nunca foi tão melódica como naquelas noites, suas palavras, seus sussurros, encaixavam-se perfeitamente naqueles acordes, porque sim, eram acordes e não barulho de gotas somente. Nunca, na minha vida, fui tocado de uma forma tão intensa; nunca, na minha vida, achei que quatro dias valessem o mesmo que uma vida inteira; nunca, na minha vida, eu acharia que fosse me apaixonar dessa forma. Suas mãos nas minhas, seus olhos nos meus, seu sorriso debatendo-se com o meu, seu cheiro misturando-se com o meu; Eu, Você e Nós.
E quando eu penso no meu futuro, agora, eu tento te encaixar de qualquer jeito, de qualquer forma, pois é como se sem você não mais fizesse sentido. Poucos dias intensamente vividos, almejando que esses ‘poucos’ virassem muitos, eternos – e nós podemos fazer isso acontecer, eu sei que podemos, porque se tem ‘Eu’, tem Você, tem Nós.

Ainda sinto seu cheiro em minhas roupas, não quero que ele saia, pois seria como se você fosse embora, para sempre. Não queria ter dito adeus, e assim o fiz: eu não disse, eu não consegui. Eu sei, eu sinto, eu te verei em breve, e faremos o Eu, Você e Nós acontecer de novo, de novo e de novo, até que matemos ‘o fim’ com nossas próprias garras, com nosso próprio romance.

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