De Walmir Lacerda - wglacerda.blogspot.com/
Pequena criatura que agora dorme em meu colo
Tranquila, como se sonhasse com unicórnios
Saiba que você ainda não te conhece
Nem eu e talvez nem Deus
Tenha amor aos seus pais
Mas não te esqueças de que cada ser desse mundo
é também da sua família
Mesmo eles não sendo quem você quer que eles sejam
Seus traumas de infância são teus tesouros
Eles vão te diferenciar, te projetar em um planeta
Tua plateia serão as estrelas
Cada constelação te fará mais belo e justo
No turbilhão de perfis que irá conhecer quando adolescente
Você encontrará o seu, nenhuma escolha
É você de binóculo para o futuro
Não te esqueças, acredite no que ele te mostra
Projeções para mais longe seriam um erro
Depois que tu te conheces você é livre
Ninguém conhece teu destino
É a liberdade te soltando em um labirinto
Para que não se perca lhe digo para olhar o Sol
E também a Lua e todos os outros planetas
Eles são o cosmo, a única coisa que você deve acreditar
Deus ou cosmo, é só a natureza
E para não falar de morte agora te falo sobre o amor
Ame, se apaixone, por qualquer um, por qualquer uma
Meu querido do seu coração sai sua arte, que alimenta a terra
E continua o ciclo
Olhe ali o primeiro lírio nascendo
Continue dormindo, não lhe digo mais nada
Quando acordar me dê um beijo
Um sorriso e vá brincar
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Delírio
De Walmir Lacerda - wglacerda.blogspot.com/
Sentar e não conseguir extrair,
Uma palavra, um verso sequer,
Do que me atormenta, do que sou
Do que borbulha como lava na minha mente
Me pego chorando sobre o papel branco
Olhos abertos, procurando, em pranto
Querendo me libertar do silêncio
No qual preso estou, vazio
Peço que se possuir algum sentimento
Dê-me agora, você não vai usar, por um momento
Devolvo-te com palavras, das mais belas
Não sou egoísta, mas posso pular de uma janela
Apenas escrever sobre o belo não é o bastante
A emoção é necessária, é essencial
Dor ou amor, sou mortal, sou finito
Preciso dizer enquanto não me findo
Aqui está minha dor, é daí quem vem meu delírio
Neutro estou a vegetar
Minh'alma partiu,
É esquecida, está muda, sou morto.
Sentar e não conseguir extrair,
Uma palavra, um verso sequer,
Do que me atormenta, do que sou
Do que borbulha como lava na minha mente
Me pego chorando sobre o papel branco
Olhos abertos, procurando, em pranto
Querendo me libertar do silêncio
No qual preso estou, vazio
Peço que se possuir algum sentimento
Dê-me agora, você não vai usar, por um momento
Devolvo-te com palavras, das mais belas
Não sou egoísta, mas posso pular de uma janela
Apenas escrever sobre o belo não é o bastante
A emoção é necessária, é essencial
Dor ou amor, sou mortal, sou finito
Preciso dizer enquanto não me findo
Aqui está minha dor, é daí quem vem meu delírio
Neutro estou a vegetar
Minh'alma partiu,
É esquecida, está muda, sou morto.
O Sistema Solar
De Walmir Lacerda - wglacerda.blogspot.com/
Nasci várias vezes, sou infinito
Então sou muitos, mas em três posso me explicar
Os poemas, os olhares, do que é feito um coração
Sai do artista, que acredita na arte
Faz do meu corpo templo sagrado da expressão
Amar-te, ama a arte, a mãe arte
Se perde, se ganha, se muda
é inconstante,
te ama, te odeia, te usa
Mas ele é o próprio usado
Que depois de tudo sofre
E produz mais e mais e te faz chorar
Minha solidariedade sai do homem
que olha pra sociedade e sabe que dela faz parte
Que é neutro e quer uma vida neutra
Cheia de normalidades
É o medroso que não se arrisca
Que é manipulado, que é um tabu
Do fim, meu egoísmo sai de um guerreiro
que mata e está disposto a morrer
Que vende seu corpo, que não tem fé
Deseja a vitória acima de qualquer amor
Ama a si próprio como Deus ama a criação
E come da carne de seus amigos
Apenas afirmando sua identidade cão
Nos três quero viver, os três são meus e sou eu
Os alinharei em um eclipse perfeito
Para que o poeta ilumine o homem
e ambos escondam o guerreiro
Outros sete nasceram
Agora sou um sistema solar,
Uma imensidão incompreendida sem nada a esconder
Que quer dessa vida, nada mais do que viver
Nasci várias vezes, sou infinito
Então sou muitos, mas em três posso me explicar
Os poemas, os olhares, do que é feito um coração
Sai do artista, que acredita na arte
Faz do meu corpo templo sagrado da expressão
Amar-te, ama a arte, a mãe arte
Se perde, se ganha, se muda
é inconstante,
te ama, te odeia, te usa
Mas ele é o próprio usado
Que depois de tudo sofre
E produz mais e mais e te faz chorar
Minha solidariedade sai do homem
que olha pra sociedade e sabe que dela faz parte
Que é neutro e quer uma vida neutra
Cheia de normalidades
É o medroso que não se arrisca
Que é manipulado, que é um tabu
Do fim, meu egoísmo sai de um guerreiro
que mata e está disposto a morrer
Que vende seu corpo, que não tem fé
Deseja a vitória acima de qualquer amor
Ama a si próprio como Deus ama a criação
E come da carne de seus amigos
Apenas afirmando sua identidade cão
Nos três quero viver, os três são meus e sou eu
Os alinharei em um eclipse perfeito
Para que o poeta ilumine o homem
e ambos escondam o guerreiro
Outros sete nasceram
Agora sou um sistema solar,
Uma imensidão incompreendida sem nada a esconder
Que quer dessa vida, nada mais do que viver
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