sexta-feira, 8 de julho de 2011

Delírio

De Walmir Lacerda - wglacerda.blogspot.com/

Sentar e não conseguir extrair,
Uma palavra, um verso sequer, 
Do que me atormenta, do que sou
Do que borbulha como lava na minha mente


Me pego chorando sobre o papel branco
Olhos abertos, procurando, em pranto
Querendo me libertar do silêncio
No qual preso estou, vazio


Peço que se possuir algum sentimento
Dê-me agora, você não vai usar, por um momento
Devolvo-te com palavras, das mais belas
Não sou egoísta, mas posso pular de uma janela


Apenas escrever sobre o belo não é o bastante
A emoção é necessária, é essencial
Dor ou amor, sou mortal, sou finito
Preciso dizer enquanto não me findo


Aqui está minha dor, é daí quem vem meu delírio
Neutro estou a vegetar
Minh'alma partiu, 
É esquecida, está muda, sou morto.

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